Entre Cantos e Cores: o Reisado como Patrimônio Vivo na Formação Integral dos Estudantes
A experiência “Entre cantos e cores: o reisado como patrimônio vivo na formação integral dos estudantes” surgiu com a ressignificação do currículo a partir da vivência local, visando tornar a escola reflexo dos saberes, afetos e identidades do entorno.
Implementada desde 2024 no Ensino Fundamental de cinco escolas do município de Poções (BA), a iniciativa promove a valorização do reisado como expressão cultural do território por meio de práticas pedagógicas integradoras, colaborativas e interdisciplinares no contexto da Educação Integral.
As ações oferecidas são divididas em reconhecimento e sensibilização, envolvendo o Dia D da cultura do Terno de Reis; encontro com grupos de Terno de Reis na escola; e mapeamento afetivo-cultural do reisado, com exibição de vídeo, rodas de conversa, pesquisas e visita imersiva a um grupo tradicional da cidade.
Além de vivência e experimentação a partir de oficinas de sons e ritmos do Terno de Reis, de criação de adereços e figurinos e roda de ensaios culturais; recreação e celebração, com a criação do Grupo Escolar de Terno de Reis, produção do documentário-podcast. As atividades culminam na Mostra Cultural Celebração entre Cantos e Cores, na Praça da Juventude, no centro da cidade, com a participação de toda comunidade.
O processo de monitoramento e avaliação é conduzido por meio de três dimensões complementares e interdependentes, as quais buscam garantir o acompanhamento crítico-reflexivo do percurso formativo: dimensão técnica (quantitativa) com registro de dados e indicadores objetivos; dimensão formativa (qualitativa) com análise dos processos educativos e das transformações pedagógicas vivenciadas; e dimensão comunitária (sociocultural) com foco na percepção e envolvimento da comunidade escolar e dos mestres da cultura.
Como resultados, foram observados fortalecimento da identidade local nas escolas; ampliação do protagonismo estudantil; reconfiguração do espaço escolar como lugar de celebração, escuta e produção cultural viva; integração comunidade-escola; criação de repertórios expressivos; consolidação como política pública; além do engajamento crescente dos estudantes.
Esta experiência demonstra a integração da escola com o território, considerando a diversidade de saberes, identidades, trajetórias e práticas socioculturais dos sujeitos e grupos que compõem a comunidade.